CINEMA NOIR

NEO-NOIR- CIDADE DAS SOMBRAS 1998

terça-feira, 24 de julho de 2012

MÚSICA NEGRA AMERICANA II


DA PLANTATION PARA O MUNDO 

Blues e gospel

O blues é um gênero de música afro-americana que é base para muitas das modernas músicas populares americanas. O blues pode ser visto como parte de um seguimento de estilos musicais como country, jazz, ragtime, e gospel; ainda que cada gênero possua diferentes formas, suas origens foram muitas vezes distintas. Formas mais antigas do blues se desenvolveram entorno do Delta no Mississipi no final do século XIX e início do século XX. A música mais antiga que se parecia com o blues foi primariamente a música vocal da chamada-e-resposta, sem harmonia ou acompanhamentos e sem qualquer estrutura formal musical. Escravos e seus descendentes criaram o blues adaptando os gritos do campo, tornando-as ardentes músicas solo. Quando misturado com a espiritual cristã, canções de igrejas afro-americanas e encontros de reavivamento, o blues se tornou a base da música gospel. O gospel moderno começou nas igrejas afro-americanas nos anos 1920s, na forma de adoradores proclamando sua fé no improviso, muitas vezes na forma musical (testemunhando). Compositores como Thomas A. Dorsey compuseram canções gospel que usavam elementos do blues e jazz em hinos tradicionais e canções espirituais.
O Ragtime foi um estilo de música baseado no piano, usando ritmos síncopes e cromatismo. Foi primariamente uma forma de música dance utilizando o walking bass, e é geralmente composto na forma-sonata. Ragtime é uma forma refinada e desenvolvida da dança afro-americana cakewalk, mixada com estilos que compreendem das marchas européias e canções populares como os jigs e outras danças tocadas por muitas bandas afro-americanas em cidades do norte durante o final do século XIX. O mais famoso músico e compositor de ragtime foi Scott Joplin, conhecido por seus trabalhos como "Maple Leaf Rag".

A MÚSICA NEGRA AMERICANA

A MÚSCIA NEGRE AMERICA ANTES DO ROCK - ANOS 30 A 50

A Música se relaciona com vários aspectos sociais e culturais dos Estados Unidos: a estrutura social americana, aspectos étnicos e raciais, religiosos, lingüísticos, de gênero, assim como aspectos sexuais. Porém, a relação entre a música e a raça talvez seja a mais determinante. O desenvolvimento da música negra nos Estados Unidos, independentemente da África e da Europa, tem sido um tema constante no estudo da história da música americana. Existem poucos registros da era colonial, quando estilos, canções e instrumentos da África ocidental se mesclaram no caldeirão da escravidão.
Por meados do século XIX, uma tradição folclórica distintamente afro-americana era bem conhecida e difundida, e técnicas musicais afro-americanas, instrumentos e as imagens se tornaram uma parte do mainstream americano através da música Spiritual, shows de menestréis e músicas de escravos. O estilo musical afro-americano tornou-se parte integrante da música americana popular através de blues,jazz, Rhythm and blues, e então rock and roll, soul e música hip hop, todos estes estilos foram consumidos pelos americanos de todas as raças, mas foram criados no estilo afro-americano e expressões idiomáticas antes de eventualmente se tornar comum no desempenho e consumo em toda a raça linhas. Em contrapartida, música sertaneja provém de ambos Europeu e Africano, bem como nativo americano e havaiano, tradições e ainda há muito tem sido entendida como uma forma de música de brancos.
A situação econômica e social distingue a produção e o consumo da música americana, com as classes mais altas patrocinando a música clássica e a música rural e étnica geralmente ligada aos mais pobres. No entanto, essa divisão não é absoluta, sendo mais aparente do que real; a música country, por exemplo, é um gênero comercial destinado ao "apelo à identidade da classe trabalhadora, enquanto seus ouvintes podem ou não ser trabalhadores de fato".
A música country relaciona-se também com a identidade geográfica, sendo rural em sua origem e função; outros gêneros, como R&B e o hip hop são tidos como urbanos.
Para a maior parte da história americana, fazer música tornou-se uma "atividade efeminada". No século XIX, piano e canto amador foram considerados adequados para as mulheres de classe média-alta, que foram, no entanto, muitas vezes barradas de orquestras e sinfonias. As mulheres também foram uma parte importante no começo da performance da música popular, embora gravadas tradições tornam-se mais rapidamente dominado pelos homens. A maioria dos gêneros da música popualr dominados por homens inclui artistas e músicos também, muitas vezes em um nicho atraente principalmente para mulheres, tais como gangsta rap e heavy metal.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

CULTURA DE MASSA - HQ

Os quadrinhos existiam nos EUA desde o final do século passado, publicados em jornais, revistas e mesmo em formato de livros, porém foi somente em 1933 que se criou a primeira revista apenas com quadrinhos. No formato 8" x 11", impresso a cores, o "comic book" tornou-se um clássico. A revista, chamada Funnies On Parade, foi projetada por Max C. Gaines para distribuição gratuita entre pessoas que enviavam cupões recortados das embalagens dos produtos alimentícios Procter & Gambler. As primeiras dez mil revistas se esgotaram rapidamente, e um futuro promissor começava a despontar no horizonte.
Assim começou a festa. Dai por diante as revistas em quadrinhos ganharam vida própria, várias editoras lançaram títulos próprios e surgiram os heróis que  estão ai até hoje. Claro os heróis não fizeram sucesso atoa tinha todo um contexto que explica porque os heróis das HQ fizeram tanto sucesso, um dos elementos eram as opções de diversão existentes na época, o rádio e o cinema, com alcance menor que o das revistas. Tipo um ingresso de cinema só dava para uma pessoa mas uma revista em quadrinhos podia ser lida por várias pessoas.   


Cronologia dos heróis das HQs     
1936 
A McKay Company da Filadélfia firmou um acordo com o grupo Hearst e passou a republicar em formato de revista, em abril de 36, alguns dos quadrinhos mais populares que a Hearst editava em tiras nos jornais, através do sindicato King Features. Foi assim que heróis como Flash Gordon de Alex Raymond e Popeye de E. C. Segar, chegaram aos "comic books", na revista King Comics. Para não ficar atrás, outro grande sindicato, United Features, passou a editar uma revista em quadrinhos, também em abril, chamada Tip Top Comics, com seus personagens Tarzan, de Hal Foster e Li'l Abner de Al Capp, que eram editados originalmente em tiras nos suplementos dominicais dos jornais.


1938
O mercado dos "comics" nos EUA dobrou em 1937, em relação ao ano anterior, e no ano seguinte, os "comics" começavam a entrar na Era de Ouro. O marco foi a publicação de uma nova revista, Action Comics, pela Detective Comics, Inc., em junho de 38, com o Superman na capa.
Detalhe curioso. Editor da revista mandou tirar o superman da capa porque achou ridículo e espalhafatoso demais. Claro, mudou de ideia depois que uma pesquisa mostrou que a revista vendia mais que as outras justamente por causa do superman. 


1940
Alem de dar inicio a era de ouro dos quadrinhos também foi o ano em que Batman estreou em revista própria Batman e apresentando uma novidade que seria muito imitada, a figura do companheiro, no seu caso o garoto-prodígio, Robin. A DC introduziria em 1940, outros dois super-heróis que se tornaram famosos, Green  Lantern (Lanterna Verde) e Atom, numa nova revista, All American, em outubro. Com tantos super-heróis criados, a DC passou a organizá-los em ligas, a Justice Society of America foi o primeiro dos inúmeros agrupamentos de super-heróis que surgiram desde então. E a DC tornou-se a Meca dos super-heróis.

1941


A DC apresentou seus novos heróis, StarmanSandman e Hourman e a grande nova sensação da editora, Wonder Woman. A Marvel apresentou seu herói de maior sucesso dos anos 40, Capitão América, um herói inventado para aproveitar o surto de patriotismo que a guerra trouxe. O Capitão era um herói tão forte como personagem, que depois de combater alemães e japoneses, voltou para casa e foi reaparecer com grande sucesso no final dos anos 60. Esse personagem foi o responsável pela revelação de dois grandes criadores de quadrinhos, Joe Simon (texto) e Jack Kirby (arte).



1961
The Fantastic Four. Este time de heróis estreou diretamente em sua própria revista em novembro de 61. A novidade é que os heróis do Fantastic Four não eram perfeitos ou infalíveis. Muito ao contrário, tinham muitas das fraquezas humanas e sofriam de problemas que tinham muito mais a ver com pessoas comuns do que com heróis, ou no caso deles, super-heróis.













1962 


Neste ano a Marvel cria o personagem mais importante dos quadrinhos surgido em 62, Spider Man, em Amazing Fantasy de agosto de 62, genial criação de Steve Dikto, que se tornou o herói dos "comics" mais popular dos anos 60. Lee e Kirby ainda apresentaram em 62, o herói Thor, baseado na mitologia nórdica e Ant-Man.

1963


 A Marvel inventou os Avengers, com ThorHulkAnt-Man e Iron Man em setembro de 63 e no mesmo mês, os X-Men, de Stan Lee e Jack Kirby, uma equipe de heróicos adolescentes mutantes e ainda outra equipe que era uma estranha mistura de dois gêneros fundamentais na história da HQ: guerra e super-heróis, em Sgt. Fury and His Howling CommandosIron Man e Dr. Strange iniciaram suas aventuras pela Marvel nas revistas Tales Of Suspense eStrange Tales, respectivamente.






Interessante notar o que se dizia na época a respeito das historias em quadrinhos. Quando elas viraram uma febre entre a meninada houve reações as mais diversas. Veja essa:

Nos anos 50 com a "caça às bruxas" dos senadores americanos, no período conhecido como "macartismo"; foi publicado um livro "Seduction of the innocent", do Dr. Frederic Wertham, no qual ele acusa (com "provas") os quadrinhos de serem prejudiciais ao caráter em formação dos jovens americanos.


Alguma semelhança com a reação aos videogames dos anos 80 ou a internet dos anos 90? 
Quem quiser ver uma analise das histórias em quadrinhos suas implicações e tudo mais indico os textos: 
Prof. Nadilson M. da Silva
GIGATECA

CULTURA DE MASSA

Cultura de massa (também chamada de cultura popular ou cultura pop) é o total de ideias, perspectivasatitudesmemes, imagens e outros fenômenos que são julgados como preferidos por um consenso informal contendo o mainstream de uma dada cultura, especialmente a cultura ocidental do começo da metade do século XX e o emergente mainstream global do final do século XX e começo do século XXI.
A juventude gera grana
O termo "cultura popular" surgiu no século XIX, em uso original para se referir à educação e cultura das classes mais baixas. O termo começou a assumir o significado de uma cultura de classes mais baixas, separado e se opondo à "verdadeira educação" próximo do final do século, um uso que se tornou estabelecido no período de entreguerras. O significado corrente do termo, cultura para consumo da massa, originou-se especialmente nos Estados Unidos, estabelecendo-se ao final da Segunda Guerra Mundial. A forma abreviada "pop culture" data da década de 1960.
E o amor pode ser vendido
Merilyn por Andy Warlow
Como consequência das tecnologias de surgidas no século XIX, a cultura de massa desenvolveu-se ofuscando outros tipos de cultura anteriores e alternativos a ela. A chegada da cultura de massa acaba submetendo as demais expressões “culturais” a um projeto comum e homogêneo — ou pelo menos pretende essa submissão. Por ser produto de uma articulação de porte internacional (e, mais tarde, global), a cultura de massa esteve sempre ligada ao poder econômico do capital industrial e financeiro, configurando aquilo que Noam Chomsky considera uma forma de totalitarismo, baseado na publicidade. Chomsky afirma que "a propaganda significa para a democracia o mesmo que o porrete significa para o estado totalitário". Desta forma, para Chomsky, a massificação da cultura se dá através de um artifício totalitário, servindo a interesses econômicos.



No contexto da indústria cultural — da qual a mídia é o maior porta-voz — são totalmente distintos e independentes os conceitos de “popular” e “popularizado”, já que o grau de difusão de um bem cultural não depende mais de sua classe de origem para ser aceite por outra. A grande alteração da cultura de massa foi transformar todos em consumidores que, dentro da lógica iluminista, são iguais e livres para consumir os produtos que desejarem. Dessa forma, pode haver o “popular” (i.e., produto de expressão genuína da cultura popular) que não seja popularizado (“que não venda bem”, na indústria cultural) e o “popularizado” que não seja popular (vende bem, mas é de origem elitista).


Adaptado de Wikipedia.com

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Bom vou começar a falar da literatura do início do século. Tem muita coisa boa, em termos de literatura internacional de língua inglesa é um dos melhores momentos.vou citar alguns aqui  

Ulisses (1922) – James Joyce (1882-1941). Retomando parodicamente a obra fundamental do gênero épico -a “Odisséia”, de Homero-, “Ulisses” pretende ser uma súmula de todas as experiências possíveis do homem moderno. Ao narrar a vida de Leopold Bloom e Stephen Dedalus ao longo de um dia em Dublin (capital da Irlanda), o autor irlandês rompeu com todos as convenções formais do romance: criação e combinação inusitada de palavras, ruptura da 
sintaxe, fragmentação da narração, além de praticamente esgotar as possibilidades do monólogo interior. Para T.S. Eliot, o mito de Ulisses serve para Joyce dar sentido e forma ao panorama de “imensa futilidade e anarquia da história contemporânea”. 

Em Busca do Tempo Perdido (1913-27) - Marcel Proust (1871-1922). Ciclo de sete romances do escritor francês, inter-relacionados e com um só narrador, dos quais os três últimos são póstumos: “O Caminho de Swann”, “À Sombra das Raparigas em Flor”, “O Caminho de Guermantes”, “Sodoma e Gomorra”, “A Prisioneira”, “A Fugitiva” e “O Tempo Redescoberto”. Ampla reflexão sobre a memória e o poder dissolvente do tempo, o ciclo se apóia em fatos mínimos que induzem o narrador a resgatar seu passado, ao mesmo tempo em que realiza um painel da sociedade francesa no fim do século 19 e início do 20.

O Processo – Franz Kafka (1883-1924). Na obra-prima do escritor tcheco de língua alemã, o bancário Josef K. é intimado a depor em um processo instaurado contra ele. Mas, enredado em uma situação cada vez mais absurda, Joseph K. ignora de que é acusado, quem o acusa e mesmo onde fica o tribunal.





A Montanha Mágica (1924) – Thomas Mann (1875-1955). Imagem simbólica da corrosão da sociedade européia antes da Primeira Guerra. Ao visitar o primo em um sanatório, Hans Castorp acaba por contrair tuberculose. Permanece internado por sete anos, vivendo em um ambiente de requinte intelectual, em permanente debate com idéias filosóficas antagônicas, até que decide partir para o front.








Coração das Trevas (1902) – Joseph Conrad (1857-1924). Ediouro Escritor ucraniano de língua inglesa. Em busca de um mercador de marfim que desapareceu na selva africana, o capitão Marlowe o encontra inteiramente louco e cultuado como um deus pelos nativos.








Admirável Mundo Novo (1932) – Aldous Huxley (1894-1963). Globo . Inglês. Alegoria sobre as sociedades administradas e sem liberdade. Em um futuro indefinido, todos os nascimentos são “de proveta” e os cidadãos são vigiados. Nascido de uma mulher, John se torna uma ameaça por sua diferença.