CINEMA NOIR

NEO-NOIR- CIDADE DAS SOMBRAS 1998

quarta-feira, 10 de junho de 2015

ANOS 70 PARTE II


Donna Summer foi uma das cantoras mais marcantes na música popular da década de 1970
Foi a última década do período classic rock. É também conhecida como a "década da discoteca", devido ao surgimento da dance music. Surge também o movimento punk.

No dia 6 de abril de 1971 morre o compositor, pianista e maestro russo Ígor Stravinski.


No dia 16 de Agosto de 1977 morre o cantor Elvis Presley. Em 1973, o seu concerto "Aloha from Hawaii" tem uma audiência estimada em mais de 14 milhões de telespectadores.

A incorporação de instrumentos de música erudita no rock já havia se iniciado dos anos 60, mas só ganhou ares de movimento (também derivado da psicodelia sessentista) no início dos anos 70, no que é conhecido como rock progressivo. Diversos artistas se reuniram na proposta, sendo os de grande destaque Pink Floyd, com The Dark Side of the Moon, John Lennon, Genesis, Yes, Jethro Tull, Emerson, Lake & Palmer, King Crimson, Mike Oldfield, Van Der Graaf Generator, Gentle Giant, no terreno britânico. Também caíram no gosto bandas germânicas (Can, Faust, Neu!, Tangerine Dream, Amon Düül e Kraftwerk) e italianas (Le Orme, Formula Tre e Premiata Forneria Marconi)
. Can
adá (Rush), Bélgica (Univers Zéro) e Holanda (Focus) também dão sua contribuição.

No Brasil, destaque para os trabalhos de O Terço, Som Nosso de Cada Dia, A Barca do Sol, Rita Lee & Tutti Frutti, Casa das Máquinas e Sagrado Coração da Terra. A banda baiana Doces bárbaros, idealizada por Maria Bethânia, Gilberto Gil, Gal Costa e Caetano Veloso.



 Surge o glam rock, onde o chique e o glamour faziam parte do virtual. David Bowie, com o seminal disco The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars é o maior expoente. Outros ícones do estilo são Marc Bolan e seu grupo T.Rex, Mott the Hoople e principalmente Elton John com o álbum Goodbye Yellow Brick Road que tinha como marca registrada, os grandes óculos, roupas rigidamente enfeitadas e coloridas, além das botas de plataforma e das calças boca-de-sino.

A aceleração e distorção do blues, dando origem ao hard rock, também havia se iniciado ainda nos anos 60, mas foi na década de 70 que ela surgiu com toda a força. Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple eram as bandas que lideravam o estilo. Outros destaques são Kiss e Aerosmith. No sul dos Estados Unidos, o hard rock ganha uma sonoridade característica, conhecida como southern rock, onde os grupos Allman Brothers e Lynyrd Skynyrd são os mais bem lembrados. Na relação rock e blues, os Rolling Stones têm a sua fase mais criativa no início da década.
Os anos 70 foram marcados pela busca da liberdade, juventude e quebra de tabus. Foi um período de grande efervescência política e cultural, que refletiu na moda através de uma grande variedade de movimentos e estilos, muitos deles heranças da década passada.

Um dos estilos mais marcantes da época foi o movimento Hippie, difundido e popularizado através de do festival de música Woodstock em 1969, que em três dias de apresentações para um público de 400 mil espectadores reuniu na Califórnia nomes como Jimi Hendrix e Janis Joplin. Assim, o estilo de ser vestir do grupo de jovens que pregavam uma filosofia de paz e amor acabou se espalhando transformando as calças boca de sino, estampas, batas e cabelos longos combinados com barbas, no caso dos homens, em moda. Foi nesse momento também que a moda se tornou unissex pela primeira vez.

O hippie não foi o único estilo a ser influenciado pela música. O movimento punk também de se difundiu através de grupos musicais. Em Londres por volta de 1974 estudantes se reuniam com o lema “No Future” em uma boutique no final da King’s Road, local onde Vivienne Westwood e seu marido Malcon McLaren possuíam uma boutique fetichista chamada “sex”. O casal acabou adotando o movimento e o intelectualizando, e assim criaram a banda Sex Pistols e seu visual transgressor marcado por calças rasgadas, rebites, alfinetes, jaquetas de couro e cabelos com cortes e cores diferenciadas. Através das canções de oposição ao governo criadas pela banda, a moda também criada pelo casal começou a ganhar adeptos pelo mundo.




A música também foi responsável por influenciar o movimento Glam. Associada a artistas representantes do gênero Glam Rock, a estética andrógina marcada por brilhos e exageros marcou a quebra de gêneros. David Bowie ao aparecer com plataformas e maquiagens transmitiu a mensagem que não importa se é masculino ou feminino, mas sim sua individualidade. A moda dos anos 70 também se inspirou na soul music, quando o movimento Black is Beautiful utilizou o estilo musical para resgatar as raízes afro.

Também foi nesse período que surgiram as feiras de tendê



ncia e os bureau de estilo. Durante os anos 70 utilizava-se muitos tecidos sintéticos, porém com o apogeu da crise do petróleo houve uma preocupação crescente com a indústria têxtil e seu futuro, o que levou a França a criar um comitê de estilo para direcionar propostas de moda de uma forma em que todos trabalhariam referências semelhantes e seguissem um caminho mais seguro. Dessa forma surgiu a Premiere Vision, a primeira feira de moda, onde esses caminhos seriam apontados e os fabricantes poderiam expor suas inovações. A Premiere é até hoje a principal feira de lançamentos de moda do mundo.


ANOS 70 - PARTE I




Foi a época em que aconteceu a crise do petróleo, o que levou os Estados Unidos, o Brasil, a Suécia e o Reino Unido à recessão, ao mesmo tempo que economias de países como o Japão e Alemanha, na época Alemanha Ocidental começavam a crescer. Nesta época também surgia a defesa do meio ambiente, e houve também um crescimento das revoluções comportamentais da década anterior. Muitos a consideram a "era do individualismo". Eclodiam nesta época os movimentos músicos das discotecas e também do experimentalismo na música erudita.


Pela televisão, o mundo se tornou infinitamente menos secreto. Richard Nixon, o presidente americano deposto pelo caso Watergate, foi uma "personalidade" típica das telas de televisão dos anos 70. Sua saída do governo foi festejada pela população dos Estados Unidos e o resto do mundo acompanhou todo o escândalo "de perto", através da tela da televisão.

guerra do Vietnam

Guerras e política










Dá-se a Revolução dos Cravos em Portugal (25 de Abril de 1974) e a independência das então colónias portuguesas em África: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Timor-Leste também proclamou a sua independência em 1975, mas foi imediatamente invadido pela Indonésia, uma ocupação que durou até 1999.


Na União Soviética, sob a gestão neo-stalinista de Brejnev, a economia caminhava progressivamente, o que permitiu tornar o exército vermelho o mais poderoso e influente no mundo, atemorizando os norte-americanos, que preferiram tomar o caminho da paz, nas gestões de Richard Nixon, Gerald Ford e Jimmy Carter.

Neste período, as corridas espacial e armamentista se encerraram, dando lugar a um progresso humanístico, que visava não o interesse individual das potências, mas sim da humanidade, o período da chamada humanidade progressista.

Em Angola e Moçambique estalaram guerras civis (a guerra civil de Angola e a Guerra de desestabilização de Moçambique) com grande envolvimento de outros países, dentro do contexto da guerra fria. Ao mesmo tempo, intensificavam-se as lutas de libertação da Rodésia (que ascendeu à independência em 1980) e da Namíbia, que só se libertou da África do Sul com a derrocada do regime do apartheid na África do Sul, em 1990.

Em vários estados democráticos, especialmente no Japão, na França e na Suécia, mas também naqueles em que vigiam regimes ditatoriais, Espanha, Grécia e países do Cone Sul, os anos 1970 foram marcados por violência política, luta armada e terrorismo de esquerda e de direita, bem como pelo endurecimento do aparato repressivo estatal.

Termina a Guerra do Vietnam, com a derrota dos Estados Unidos e reunificação do país.
  

Economia


A economia mundial, e particularmente a dos Estados Unidos, entra em recessão após a crise do petróleo de 1973, quando a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) triplica o preço do barril de petróleo. Tal fato ocorreu como retaliação dos países árabes, maioria dos constituintes da OPEP, aos Estados Unidos por estes terem apoiado Israel na Guerra do Yom Kippur, neste mesmo ano. Em 1975, o Brasil cria o Pró-álcool, programa para a produção de álcool hidratado a partir da cana-de-açúcar, para utilização como combustível automotivo.

O Brasil, ainda sob impulso do milagre econômico e alçado para a posição de 9ª economia do mundo, posterga os efeitos desta primeira crise do petróleo utilizando reservas cambiais e, em seguida, empréstimos internacionais para equilibrar sua deficitária balança comercial. Porém o milagre econômico começa a declinar.

Em 1979 uma nova crise do petróleo preocupa o Ocidente, desta vez motivada pela queda do Xá do Irã, Mohammad Reza Pahlavi, então aliado dos Estados Unidos. A queda do Xá permite a ascensão ao poder do Aiatolá Komeini, líder muçulmano xiita e inimigo declarado de Israel. Mais uma vez, agora por pressão do Irã, o petróleo é usado como arma e tem seu preço duplicado em detrimento dos Estados Unidos, maior consumidor mundial e histórico aliado de Israel.

Na União Soviética, aproveitando-se da crise do petróleo, a economia chega ao seu auge, permitindo aos cidadãos um conforto material relativamente alto.

O Brasil sofrerá com muito mais intensidade os reflexos desta segunda crise do petróleo, tendo a inflação gradualmente acelerado seu ritmo de crescimento, por conta dos seguidos aumentos dos preços dos combustíveis no mercado interno.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

OS LOUCOS ANOS 60

A terra é azul - Gagarin
A década de 1960, ou simplesmente década de 60 ou ainda anos 60 foi o período de tempo entre 1º de janeiro de 1960 e 31 de dezembro de 1969.

Vários países ocidentais deram uma guinada à esquerda no início da década, com a vitória de John F. Kennedy nas eleições de 1960 nos Estados Unidos, da coalizão de centro-esquerda na Itália em 1963 e dos trabalhistas no Reino Unido em 1964. No Brasil, João Goulart virou o primeiro presidente trabalhista com a renúncia de Jânio Quadros.

A década de 60 representou, no início, a realização de projetos culturais e ideológicos alternativos lançados na década de 50. Os anos 50 foram marcados por uma crise no moralismo rígido da sociedade, expressão remanescente do Sonho Americano que não conseguia mais empolgar a juventude Americana. A segunda metade dos anos 50 já prenunciava os anos 60: a literatura beat de Jack Kerouac, o rock de garagem à margem dos grandes astros do rock (e que resultaria na surf music) e os movimentos de cinema e de teatro de vanguarda, inclusive no Brasil.

A década de 1960 pode ser dividida em duas etapas. A primeira, de 1960 a 1965, marcada por um sabor de inocência e até de lirismo nas manifestações socioculturais, e no âmbito da política é evidente o idealismo e o entusiasmo no espírito de luta do povo. A segunda, de 1966 a 1968 (porque 1969 já apresenta o estado de espírito que definiria os anos 70), em um tom mais ácido, revela as experiências com drogas, a perda da inocência, a revolução sexual e os protestos juvenis contra a ameaça de endurecimento dos governos. É ilustrativo que os Beatles, banda que existiu durante toda a década de 60, tenha trocado as doces melodias de seus primeiros discos pela excentricidade psicodélica, incluindo orquestras, letras surreais e guitarras distorcidas. "I want to hold your hand" é o espírito da primeira metade dos anos 60. "A day in the life", o espírito da segunda metade.
Nesta época teve início uma grande revolução comportamental como o surgimento do feminismo e os movimentos civis em favor dos negros e homossexuais. O Papa João XXIII abre o Concílio Vaticano II e revoluciona a Igreja Católica. Surgem movimentos de comportamento como os hippies, com seus protestos contrários à Guerra Fria e à Guerra do Vietnã e o racionalismo. Esse movimento foi também a chamado de contracultura. Ocorre também a Revolução Cubana na América Latina, levando Fidel Castro ao poder. Tem início também a descolonização da África e do Caribe, com a gradual independência das antigas colônias.

No entanto esta década começou já com uma grande prosperidade dos países ricos. Por exemplo com a explosão do consumo, 90% dos americano tinha televisão em 1960 e uma em cada 3 famílias inglesas tinha automóvel em 1959.


A mini saia em Paris
 “A Terra é azul!”, disse Yuri Gagarin, o cosmonauta russo, primeiro homem a olhá-la do espaço, em 1961. E assim acrescentou mais uma cor ao imaginário de milhares de jovens de um planeta que, visto do chão, parecia ser apenas branco e preto. Lugar onde não havia espaço para nuances. Um mundo maniqueísta, no qual ou você era comunista e comia criancinhas (sem qualquer conotação sexual) ou era capitalista e defendia a democracia e o liberalismo. Era moça de família ou pervertida, rapaz bem-comportado ou rebelde, heterossexual ou degenerado, roqueiro ou músico de verdade e assim por diante.



A corrida espacial que levou à conquista da Lua pelo homem foi um dos momentos mais marcantes dos anos 60
A frase de Gagarin ajudou a instigar a cabeça dos jovens que, no início da década de 60, sonhavam com um mundo novo, bem diferente daquele que tinham herdado. E que demonstraram isso através de uma rebeldia ainda ingênua, inspirada pelo rock dos bem-comportados Beatles em início de carreira. Mas que com o correr do tempo perceberam que as mudanças não eram tão iminentes ou simples assim.

O álbum "Sgt. Pepper's Lonnely Hearts Club Band", dos Beatles, lançado em 1967, é considerado o mais importante de todos os tempos e um marco das transformações culturais que o mundo assistiu nos anos 60.
Mal começou a década de 60 e a Guerra Fria só se intensificou, com o estabelecimento de uma espécie de “equilíbrio do terror” entre o bloco comunista e o capitalista. O maior símbolo físico e ideológico da divisão política entre o comunismo e o capitalismo foi a construção do Muro de Berlim em 1961. E as coisas continuaram a piorar. O jovem e carismático presidente americano, John Fitzgerald Kennedy, que inflamava multidões com seus discursos sobre um mundo próspero e melhor, foi assassinado em 1963. Dois anos depois, os Estados Unidos enviaram tropas para a Guerra do Vietnã a fim de evitar o avanço comunista. Intervenção que, com o tempo, revelou-se desastrosa.

Sean Connery - James Bond
Acontecimentos que fizeram os jovens adotarem uma postura bem menos romântica e inocente na segunda metade da década. Surgiu assim, em 1967, na Califórnia, a contracultura hippie. Uma revolução que tinha como lema a paz e o amor a serem conquistados através de muito sexo, drogas e rock’n’roll. Manifestação que logo ganhou a adesão de jovens de todo o mundo e se somou aos protestos estudantis de maio de 1968, na Europa. Eventos que trouxeram, pela primeira vez, a juventude para o palco central da história. E apesar de várias bandeiras políticas erguidas pelos jovens daquela época não terem sido conquistadas (como o fim das guerras, do racismo, do capitalismo, do imperialismo, do preconceito contra homossexuais, entre outras coisas), os efeitos daquela revolução comportamental e cultural foram inegáveis.

Muita coisa mudou na moda, na pintura, no cinema, na música, na forma de encarar a sexualidade, no relacionamento humano, nas questões de diversidade racial, entre inúmeros outros territórios. Definitivamente, depois dos anos 60, o mundo se tornou muito mais colorido.

FONTES: Wikipedia, e  http://pessoas.hsw.uol.com.br/anos-60.htm 

domingo, 28 de setembro de 2014

O CINEMA NOS ANOS 40-50



 O CINEMA NOS ANOS 40 E 50

Bogart e Bergman, em Casablanca

A Segunda Guerra Mundial fez com que a Inglaterra e Estados Unidos produzissem vários filmes com apelo patriota e que serviram de propaganda de guerra. Havia também já no final da guerra filmes antinazistas. Dentre os filmes que retrataram a época da guerra se destacou o popular "Casablanca" de 1943 com o ator Humphrey Bogart.

Bogart. Depois de Chaplin o melhor ator. 
No começo da década, o diretor Orson Welles lançou o filme "Citizen Kane" (em Portugal, "O Mundo a seus Pés"; no Brasil, "Cidadão Kane") com inovações como ângulos de filmagem e narrativa não linear. Em 1946, o diretor Frank Capra lançou o filme "It's a wonderful life". Ambos os filmes estão classificados entre os melhores de todos os tempos.

Orson Welles
Claudette Colbert
No ano de 1947, o Comitê de Segurança dos Estados Unidos fez a primeira lista negra de Hollywood acusando 10 diretores e escritores de promover propaganda comunista. Os filmes "Mission to Moscow" e "Song of Russia" foram considerados propaganda pró-soviética.

Na Itália nascia o Neo-realismo como reação ao cinema facista do regime de Mussolini, e buscava a máxima naturalidade, com atores não profissionais, iluminação natural e com uma forte crítica social. Se considera inaugurado o gênero com "Roma, cidade aberta" (de 1945), ainda que se considera como seu maior representante "Ladrão de bicicletas" de Vittorio de Sica.


Charles Chplin
O início da década de 50 marcou para a chanchada brasileira uma enorme reviravolta. Embora a Atlântida tenha se consagrado na década anterior como uma das mais fortes indústrias cinematográficas do país, ainda assim as produções eram um tanto desleixadas. Os estúdios estavam mal acomodados, os equipamentos sem a manutenção necessária e os atores recebiam quantias ínfimas pelo árduo trabalho de interpretar em condições precárias. No fim da década 40, mais precisamente no ano 47, o sucesso das chanchadas trouxeram para a Atlântida uma série de novos investidores, interessados principalmente em participar dos lucros da empresa, então ainda sob a administração dos irmãos Burle e Moacyr Fenelon. Entra em cena nesta altura um personagem que será fundamental na consolidação das produções da Atlântida na década de 50: Luís Severiano Ribeiro Jr.. Severiano entrou juntamente com vários outros empresários nos investimentos em produções, que a ele principalmente interessavam por seu domínio em pelo menos 40% das salas de exibição no Brasil. 


Assim, ele poderia participar dos lucros de uma forma muito maior. A grande surpresa veio ainda em 1947, quando noticiaram que Severiano havia comprado uma grande quantia de ações da Atlântida, tornando-se acionista majoritário e, consequentemente, dono da companhia.

Marilyn Monroe
Os filmes 3-D porém duraram pouco tempo, de 1952 até 1954 dentre os quais se destacou o filme "House of Wax" de 1953.

O cineasta Akira Kurosawa projeta mundialmente o cinema japonês com os filmes "Rashomon" e "Shichinin no Samurai", lá também se destaca Kenji Mizoguchi ("Ugetsu monogatari") e Yasujiro Ozu ("Tokyo monogatari ").
Marlene Dietrich
No final da década de 1950 surgia na França o movimento Nouvelle Vague no qual se destacaram Claude Chabrol, Jean-Luc Godard ("O Acossado") e François Truffaut ("Os Incompreendidos").

O cinema da Índia era produzido em grande escala mas no ano de 1955 pela primeira vez ganhou reconhecimento internacional com o filme "Pather Panchali" (ou "A canção do caminho").

Marlon Brando
O cineasta sueco Ingmar Bergman ganha projeção internacional como um dos maiores cineastas de todos os tempos com as obras-primas "Det Sjunde Inseglet" e "Smultronstället", ambas do ano de 1957.


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O EXPRESSIONISMO ALEMÃO

 O EXPRESSIONISMO ALEMÃO

Landschaft mit Kühen und Kamel - 1914




O expressionismo alemão foi um estilo cinematográfico cujo auge se deu na década de 1920, que caracterizou-se pela distorção de cenários e personagens, através da maquiagem, dos recursos de fotografia e de outros mecanismos, com o objetivo de expressar a maneira como os realizadores viam o mundo.


                O expressionismo, nascido na Alemanha no final do século XIX, é maior que a ideia de um movimento de arte, e antes de tudo, uma negação ao mundo burguês. Seu surgimento contribuiu para refletir posições contrárias ao racionalismo moderno e ao trabalho mecânico, através de obras que combatiam a razão com a fantasia. Influenciados pela filosofia de Nietzsche e pela teoria do inconsciente de Freud, os artistas alemães do início do século fizeram a arte ultrapassar os limites da realidade, tornando-se expressão pura da subjetividade psicológica e emocional.            
O Expressionismo, cuja origem podemos remontar a fortes evidências em Van Gogh.2 O expressionismo alemão, que se estendeu por quase todas as artes como o cinema, a pintura e caracteriza-se pela distorção da imagem (uso de cores vibrantes e remetentes ao sobrenatural), do retorno ao gótico e a oposição a uma sociedade imersa no desolador cenário do racionalismo moderno pregador do trabalho mecânico. As vibrantes e alucinógenas pinturas expressam um desligamento com o real, a prioridade do "eu" e sua visão pessoal do mundo


Tal identidade de uma arte de crise se intensifica ao coincidir com a instalação da frágil República de Weimar após uma catastrófica guerra perdida e um humilhante Tratado de Versalhes que arruinou a nação alemão que contribuiu para, então, não só formar uma nova proposta de postura estética mas também uma moral de enfrentamento das autoridades (foi por essa razão que os nazistas consideraram o expressionismo uma arte decadente). O Nazismo e a própria Segunda Guerra Mundial vieram a destruir muitas destas obras.

Poesia
A reivindicação alemã dos poetas fez surgir uma nova poesia que chegava a desprezar a tradição poética alemã, fazendo uso de metáforas, verbos incisivos, neologismos e versos independentes do posterior e do anterior. Jakob Van Hoddis em Weltende (Fim do Mundo) (1911):"O chapéu voa da cabeça do cidadão,/ Em todos os ares retumba-se gritaria./ Caem os telhadores e se despedaçam/ E nas costas — lê-se — sobre a maré. / A tempestade chegou, saltam à terra/ Mares selvagens que esmagam largos diques./ A maioria das pessoas tem coriza./ Os trens precipitam-se das pontes". Há também a tragédia,em forma de clamores e sofrimentos na poesia "Schwrmut" (Melancolia)(1914) de August Stramm:"Avançar almejar/ Vida anseia/ Arrepiar gregoriano ficar/ Procurar olhares/ Morrer cresce/ O vir/lurdi Gritem!/ Profundamente/ Nós/ Emudecemos" Pelo fato da maioria dos poetas do movimento terem sido de origem judaica, quase nenhum sobreviveu à Segunda Guerra Mundial.
 
Cinema

Com Metrópolis (filme) (1927) de Fritz Lang,O gabinete do Dr. Caligari (1919), de Robert Wiene, Nosferatu, uma sinfonia de horrores (1922), de Friedrich Wilhelm Murnau, uma nova forma de cinema surge, com temas sombrios de suspense policial e mistério em um ambiente urbano, personagens bizarros e assustadores, uma distorção da imagem devido a uma excessiva dramaticidade tanto na atuação quanto na maquiagem e cenografia fantástica de recriação do imaginário humano. A influência dos expressionistas do cinema se fez sentir em Hollywood, tanto na temática quanto na linguagem, inclusive porque muitos dos diretores alemães de então migraram para Hollywood e lá realizaram filmes. O cinema é a forma mais lembrada do expressionismo alemão.


Aos Emudecidos

Oh, a loucura da cidade grande, quando ao entardecer
Árvores atrofiadas fitam inertes ao longo do muro negro
Que o espírito do mal observa com máscara prateada;
A luz, com açoite magnético, expulsa a noite pétrea.
Oh, o repicar perdido dos sinos da tarde.

A puta, em gélidos calafrios, pare uma criança morta.
A cólera de Deus chicoteia enfurecida a fronte do possesso,
Epidemia purpúrea, fome que despedaça olhos verdes.
Oh, o terrífico riso do ouro.

Mas quieta em caverna escura sangra muda a humanidade,
Constrói de duros metais a cabeça redentora.


Trad. Cláudia Cavalcante


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

CINEMA NOIR IV

SE VOCÊ NUNCA VIU OU OUVIU NADA SOBRE CINEMA NOIR VEJA ESSE VÍDEO MUITO BOM SOBRE O FALCÃO MALTÊS DO PABLO VILHAÇA